sábado, 15 de janeiro de 2011

Brasil lança mais um BBB. Cuba lançou também



Enfim, após uma difícil espera de nove meses, chegou mais um BEBÊ, digo, um BBB. Não vejo a hora de gastar meu suado dinheiro em torpedos na tentativa de dar um milhão e meio a um desconhecido que virei fã. Não vejo a hora de entrar naquela comunidade do Orkut com mais de 1 milhão de membros e virar a noite debatendo quem é mocinho e quem é vilão. Não vejo a hora de chorar quando meu escolhido for eliminado. Não vejo a hora de perder horas assistindo aos diálogos sem nexo que os BBB’s têm pela madrugada adentro. Enfim, nossos heróis estão de volta à nave louca!

Minha relação com reality’s shows começou durante uma pequena estada em Guantánamo, na ilha de Cuba, quando fui preso pelos americanos em sua base militar. Câmeras instaladas em todas as partes, vigiando inclusive os momentos íntimos entre os presos, nos faziam sentir num verdadeiro show televisivo. Certa ocasião, para que pudéssemos ter direito a um prato de comida, se é que podemos chamar aquela gosma de comida, tivemos que fazer uma prova de resistência, onde quem ficasse submerso em uma fossa cheia de fezes humanas (se é que podemos chamar as fezes americanas de humanas) teria direito ao grude. Inteligentemente, após ficar submerso por mais de 18 horas naquele excremento, respirando apenas por um canudo de mamona, deixei meu adversário vencer, afinal, não queria mesmo comer aquela gororoba.

Dias após, numa revista de rotina dos militares yankees e seus cães enfurecidos, consegui escapar disfarçado de cachorro. Foi fácil, vesti um uniforme das forças armadas norte americanas e saí falando inglês fluentemente. Já do lado de fora, do outro lado da fronteira, imaginei estar finalmente fora do show de horrores, mas, meu disfarce também enganou os cubanos, que me levaram preso para Havana, onde fui submetido a horas de tortura, ouvindo sessões intermináveis de pachanga, salsa e merengue.

Certo de que iria para o terrível paredão onde seria finalmente eliminado, sem direito a sequer um minutinho no confessionário, comecei a pensar em todos os meus pecados cometidos desde a infância até os dias atuais. Lembrei-me de ter ido a um show da Simoni nos anos 80, assistido diversas vezes o Clube da Criança, com a Xuxa, na extinta TV Manchete, sem falar no programa do Datena, Márcia, Faustão, Gugu e aqueles debates esportivos na noite de domingo. Claro, todos imperdoáveis, mas eu precisava refletir.



Felizmente, por ordem expressa de Fidel Castro, aquele que fidedignamente castrou seus adversários, fui mandado a um campo de concentração de cana de açúcar. Ali, descobri que a rapadura é doce, mas não é mole não. Obrigado a colher o equivalente a cinco carretas de cana por jornada de trabalho, vi os meus sonhos de me tornar um ator de filmes adultos indo por água abaixo, já que a vida média de um trabalhador naquelas condições não era superior ao tempo de corte do canavial. Mas algo me dizia que um dia nós iríamos rir de tudo aquilo, algo não, alguém me dizia. Maria Mercedes era uma mulata que trabalhava comigo. Tinha uma fala doce como a cana e seu corpo era tão belo quanto o caribe. Mercedes me convidou para entrar no canavial, e sem titubear, pulei dentro das canas, como se elas fossem meu edredom, à espera de minha amada. Mas Mercedes queria se perder na plantação de canavial e não nas canas que já estavam na carroceria da carreta. Assim, enquanto o caminhão se locomovia, eu via aquela mulata estonteante ficando para trás, como nas cenas de um filme dramático chinês.

De volta ao Brasil, com mais uma experiência de vida acumulada, fui convidado a trabalhar numa ONG que visava incentivar o intercâmbio Brasil-Cuba. Após algum tempo no setor financeiro sem saber que faziam lavagem de dinheiro sujo naquela instituição, fui pego por uma câmera escondida do Fantástico, aquele Big Brother da vida real, e como se estivesse novamente em Cuba, fui inocentemente levado em cana e tive que viver confinado numa casa vigiada 24 horas por longos 90 dias.

Hencéfallo de Váccuo

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Lula: O Filho Dilma PT.!


Nunca na história deste país tivemos um presidente tão popular, capaz de arrancar aplausos e vaias de uma mesma plateia. De eleger uma candidata desconhecida pelo grande público usando apenas sua popularidade, sem que ninguém duvidasse de sua vitória, e mesmo assim vê-la ganhar por uma diferença relativamente pequena. Quando Lula assumiu a cadeira de presidente do país chegou cheio de dedos, não tão cheio assim, uma vez que faltava o mindinho, mas, até que votar num candidato com dedos a menos não é um mau negócio, se levarmos em consideração que nossos políticos costumam “meter a mão” após eleitos. Com o passar do tempo Lula resolveu, então colocar o dedo na ferida, mas, como a ferida neste país é muito grande, ficou faltando dedo.

Nestes oito Luláticos anos, o presidente encarou desde altos índices de popularidade a altas denúncias de corrupção. Afinal, ninguém se convenceu ainda que no mensalão não havia o dedo do presidente. Até porque, qual seria o motivo dele ter passado a vida toda dedurando os corruptos e agora passar a defendê-los? Já sei, como os principais envolvidos foram escolhidos por ele, concluo que nosso ex-supremo mandatário deva ter sido acometido pela síndrome do dedo podre.

Mas, e agora? Com o fim da Era Lula o que fará da vida o presidente?
Infelizmente ou felizmente, Lula não deverá viver de palestras e artigos de jornais (que ninguém lê) como fez seu antecessor. Além disso, como seu curso de tornearia mecânica já se encontra ultrapassado, também não deverá estar preparado para trabalhar neste país que não cresce mais devido à falta de profissionais demandados por nossa economia em expansão. Que contrassenso, logo ele, tão importante no atual cenário econômico do país, não tem vez no mercado. Então o que fará ele da vida? Não consigo, por exemplo, imaginar o ex-presidente trabalhando como proctologista, não pelo fato de lhe faltar o mindinho para a execução de tal ofício, uma vez que ele poderia muito bem usar o indicador. Entretanto, não acho nada higiênico, um político, profissional que põe os dedos em tantas sujeiras, trabalhar na área da saúde. Embora, devamos reconhecer que, pelo fato de sermos ferrados constantemente pelo governo, não há ninguém neste país que conheça melhor nossa cloaca que um presidente da república.

Lula poderia se tornar, por exemplo, animador de velório, apresentador de programa de auditório ou mesmo um garoto propaganda das máquinas TEK PIX. Sua popularidade em alta seria a mola propulsora de qualquer uma dessas atividades. Mas este dilema vivido hoje por Lula eu entendo. Lembro-me que quando sai da Febem não tinha em minha cabeça qualquer ideia do que faria da vida. Aquela instituição cuja finalidade era preparar jovens em conflito com a lei para a vida, não tinha conseguido se quer me preparar para a morte. Contudo, tive uma luz quando assisti a um comício de Paulo Salim Maluf, um dos mais proeminentes estadistas da história deste país. Resolvi entrar para a política.

Quando ponderei na possibilidade de me candidatar a uma vaga, não sabia nada que um vereador fazia, e depois de visitar a câmara por algumas vezes descobri que na verdade eles não faziam nada. Não pensei duas vezes e confirmei minha presença no pleito. Entretanto, depois que a população descobriu que eu era um ex-jovem infrator, acusado de crimes terríveis pelos meus adversários políticos logo vi meu nome subir avassaladoramente nas pesquisas. Um número absurdo de eleitores colavam minhas fotos nas janelas de suas casas, e sem que eu pedisse, fãs criavam comunidades de apoio a meu nome no Orkut.

Mas infelizmente, minha popularidade que já atingia mais de 70 pontos percentuais, se despencou a níveis abaixo de zero, quando descobriram que eu, na infância, fui coroinha, e juntamente com as freiras beneditinas distribuía comida e roupas para os mais necessitados, a partir de então, sofri uma perseguição ferrenha que inviabilizou minha caminhada na vida pública. Como o povo é estranho, minha carreira política acabou antes mesmo de começar!

Hoje, com a experiência que carrego comigo, acredito que o ex-presidente precise fazer uma reciclagem se quiser se desprender deste estigma da popularidade alta, quem sabe, parar de andar em má companhia, como fizera nos últimos oito anos. Se eu fosse ele, passaria a frequentar os Alcoólicos Anônimos, ensinando as pessoas como o abandonar do vício das drogas pode elevar a qualidade de vida das pessoas. Não tenho dúvidas que atitudes como esta mudariam o seu conceito junto ao povo, e logo, logo, essa tal popularidade iria pras pregas.

Hencéfallo de Váccuo

sábado, 1 de janeiro de 2011

Políticos: Eleis Ção Muito Palhaços!!!

2010, mais um ano eleitoral em nossa vida finalmente chega ao fim! Um ano histórico para a mulher brasileira, algo esperado por todos nós que admiramos esta mulher inteligente, sensível, humilde e que representa com muito orgulho cada mulher brasileira, claro, estou falando do Centenário de Raquel de Queiróz, a primeira mulher a ganhar uma cadeira na academia brasileira de letras.

Raquel de Queiróz foi uma mulher à frente de seu tempo, enquanto Dilma Roussef ganhou a disputa presidencial com “O TREZE”, Raquel de Queiróz, 80 anos antes, ficou mundialmente conhecida com “ O QUINZE”, um número ainda maior.

Aliás, já que estamos falando em eleições 2010, não foi só a escolha de Dilma para presidente (e bota dente nisso), como a mulher mais macho na história da república, que mostrou mudanças no perfil do eleitorado brasileiro. Nas Alterosas tivemos a eleição do mineiro menos macho da história da tradicional família mineira, enfim, um babado! Abafa o caso bofe!

Mas de todos os casos, o que mais chamou a atenção, sem dúvidas foi a eleição do primeiro político realmente palhaço da história da república. Mas a palhaçada foi tão grande que não queriam que ele assumisse, uma vez que o cara é analfabeto, o que fere a lei eleitoral. Mas, gente, se o cara, segundo as denúncias, falsificou documentos que comprovariam seu “alfabetismo”, logo, isto prova que ele já está habilitado a ser um político competente. Um cara que já entra na política sendo acusado de falsidade ideológica já tem “know how” para a vida pública e por isso merece a cadeira do congresso sem nenhuma contestação.

Legal foi ver o presidente Lula, não tão analfabeto como Tiririca defendendo-o. Uma prova de que o corporativismo político já os uniu, ou seria o corporativismo analfabético? Enfim, o importante é que nessa eu estou com Tiririca, afinal, se eu fosse dono de uma barraquinha na feira, jamais daria a Tiririca o direito em administrá-la, mas cá pra nós, ser parlamentar neste país, qualquer analfabeto palhaço é capaz de ser.

Nosso congresso sempre foi comparado a um circo, desde a Idade Jurássica, quando espécies como Sarneyssauros Collossos já devoravam os primeiros Homo Erectus. Tal ocorrência influenciou tanto o habitat no planalto central, que atualmente é difícil encontrar um homem com hábitos eretos nos corredores de Brasília. Mas, o mais gozado é que no circo de Brasília, nós pagamos a entrada e sentamos para assistir um espetáculo cujos palhaços principais somos nós mesmos. Quando a receita federal solta o leão, somos nós que temos que domá-lo. Quando recebemos nossa bolsa família temos que fazer mágica para submergir da linha da pobreza. Quando enfim somos convidados para assistir o espetáculo do crescimento, descobrimos que iremos andar na corda bamba por mais quatro anos. Mas, afinal, se neste circo somos os donos e os artistas, por que será que o dinheiro da bilheteria nunca fica nos nossos bolsos?

Mas, contudo, ainda defendo Tiririca, afinal, só o fato do cara se tornar um político suas faltas com a justiça já se tornam menos graves, o que deve ser bom, eu acho. Político não mente, falta com a verdade. Político não rouba, desvia verbas. Político não pratica falcatruas com nosso dinheiro, faz malversação do dinheiro público. Enfim, não há dúvidas que eles são melhores que nós. Enquanto somos pobres coitados, eles são nobres colegas.

E quanto aos aumentos de salário da classe que mais trabalha pelo país? Enquanto o assalariado teve 5% de aumento, a nova presidenta terá 138%. Isto mostra o quanto nós, do proletariado não valemos nada. Se um deputado fez por merecer um aumento superior a 100% numa inflação próxima de zero, isso mostra como de fato eles são importantes e competentes.

Além de tudo isso, as eleições deste ano foram marcadas por episódios pitorescos, desde candidatos hospitalizados com ataques de bolinhas de papel a candidatas gostosas tentando ganhar pelo tamanho do popozão. Mas parece que o povo preferiu as feias, afinal, se a mulher vai lutar pelo país, melhor que seja um canhão.

Hencéfallo de Váccuo