quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Se as coisas andam uma merda... então vá à BOSTON!


Minha infância foi marcada por um forte desejo de atingir o glamour do mundo da fama, sonhava em transferir-me para a França, Estados Unidos ou Japão, enfim, algum lugar onde fosse reconhecido. Persistente, tentei diversas vezes, e não demorou muito estava eu morando em Cambridge, Massachusetts. Dada a complexidade deste início difícil e árduo, há de se fazer uma explicação pormenorizada dos fatos:
Nascido e criado no leste de Minas, fui logo na minha infância, tomado pelo Miner’s American Dream, uma compulsão psico-comportamentosa que, nesta região, toma de assalto os habitantes locais, que são aconselhados pelos seus médicos a se mandarem para a América, uma vez que somente esta atitude pode reverter o quadro de tal paciente. A partir de então os acontecimentos que precederam minha viagem foram de acordo com meus planos. Ao desembarcar no aeroporto de Miami, fui extraditado juntamente com alguns mexicanos, (tais como eu, possuíam documentos adulterados ilegalmente ) e em um avião com destino ao Rio fomos embarcados. Em sua escala em Guadalajara, despistei a tripulação e desci em solo mexicano. A partir daí, tudo seria muito mais fácil, andaria cerca de 600 milhas, e estaria na fronteira, entretanto achei a fronteira sem nenhuma guarda americana, então descobri que estava usando o mapa de ponta cabeça, encontrava-me em Mérida, extremo sul do México, Que Mérida! Retornei ao roteiro correto, e quando cheguei á verdadeira fronteira americana meus pés estavam em completo estado de esfoliação óssea com absoluta degeneração cárnea, daí a necessidade de um implante de sola do pé que só poderia ser efetivado na Universidade de Chicago, onde já haviam sido realizadas diversas experiências, todas mal sucedidas em macacos orangotangos. Como diria aquele marketeiro do PT, a esperança venceu o medo, e não pensei duas vezes, era a minha única chance de entrar nos Estados Unidos pela porta da frente, pois uma ONG estava disposta a ajudar no meu transplante. Em poucos dias andava como um macaco e pensava como um americano: ser abençoado com muito dinheiro e gasta-lo com prazeres mundanos.
De solado novo e sonhos velhos, segui rumo à Massachusetts, uma vez que para os americanos, brasileiro deve viver na Grande Bosta digo, Boston.
Durante anos trabalhei em Harvard, aquela conceituada instituição educacional, e foi na divisão de purificação e higienização latrinária que obtive minhas maiores graduações. Este emprego foi onde pude formar a maior parte dos conceitos que ainda hoje carrego comigo, daí dizer que Harvard foi uma escola para mim. Lá aprendi quanto os norte-americanos fazem coisas tão sujas quanto nós, sub-equatorianos. Também tive o conhecimento do lado podre da América. Hoje, posso dizer que não houve uma “obra” em Harvard que não passasse em minhas mãos. Sou um homem orgulhoso.

A VOLTA
De volta ao Brasil, fui disputado à tapa pelas maiores empresas nacionais, pois sabiam que meus seis anos em Harvard purificando e higienizando latrinas eram suficientes para tirar qualquer estatal da merda, além disso surgiu uma onda de privatizações que me vez imaginar que agora seria a minha vez, contudo, ocorreu uma descarga de desempregos que atingiram em cheio os meus planos. Infelizmente, o que me restou foi um cargo de executivo em uma renomada estatal que por motivos éticos prefiro resguardar o nome, uma vez que se trata de uma empresa petrolífera de bastante prestígio. Depois de alguns livros jamais editados e alguns seminários que jamais ministrei, fui definitivamente ignorado pela crítica e pelo público, que ficaram indignados com minha ausência na mídia, tudo isto mesmo sem ter nenhum trabalho publicado. Desde estes episódios, venho trabalhando nestes escritos, atendendo o inconsciente coletivo de toda a sociedade brasileira, que clama por este blog, uma obra obrada por mim mesmo. Até porque, se não começar logo a trabalhar, alguém poderá acabar me convidando para ser ministro de alguma coisa lá em Brasília, e francamente não gostaria de descer a um grau tão baixo.
Hencéfallo de Váccuo

sábado, 26 de dezembro de 2009

2010 – O INÍCIO DO FIM DO MUNDO?

Há muitos anos venho acompanhando o fim do mundo por isso, posso afirmar que ele não se iniciará em 2010, pois o fim já começou...

Durante a Guerra do Golfo fui convidado pela Universidade de Bangladesh mais conhecida como UNIBAN, onde aprendi respeitar o próximo com suas diferenças comportamentais, religiosas e sociais, para uma pesquisa in loco, em Bagdá. Jamais imaginaria que uma viagem tão importante não acrescentaria em nada na minha vida pessoal, por isso não fui, preferi ficar em casa assistindo Pantanal. E foi exatamente nesta novela que percebi como esta região importante no ecossistema mundial estava sendo destruída... Atores fazendo sexo nos rios, misturando seus sêmens com os dos peixes daquelas águas puras, enfim, muitas piranhas pantaneiras podem ter sido engravidadas pelo Marcos Winter. Portanto fiquei com a certeza de que o pantanal jamais seria o mesmo.

Mais tarde durante a minissérie global – Amazônia, me revoltei ainda mais com um tal Chico Mendes que atacava as pobrezinhas das árvores com uma faca afiada para retirar delas o leite: será que esse cara nunca ouviu falar em vaca leiteira?

Hoje, em tempos de COP 15, percebemos que muitas coisas mudaram:

Depois de perder várias eleições, Lula não só venceu duas como virou pop star; em 2009, Rubens Barrichello finalmente não foi vice em um campeonato que tinha totais condições de ser o campeão, pois terminou em terceiro; e finalmente, o Clube de Regatas Flamengo conseguiu um título após quase duas décadas levantando taça Guanabara. Tudo bem que os times ficaram com dosinha e resolveram abrir as pernas, mas isso é detalhe... O importante é que fatos tão escatológicos são um sinal claro de que o aquecimento global é a ponta do iceberg que derrubará este Titanic chamado planeta Terra. Talvez a solução fosse permitir que o planeta se aquecesse tanto que este iceberg derretesse logo; talvez precisássemos deixar nossas geladeiras abertas para que o planeta se refrescasse e assim o aquecimento global poderia ser amenizado; talvez deveríamos desmatar toda a Amazônia para fazermos casas de madeira que se adaptassem melhor à um clima de altas temperaturas, talvez se deixarmos o buraco na camada de ozônio um pouco mais aberto teríamos uma entrada de ar na calota atmosférica... sei lá, são muitas soluções que me surgem, infelizmente não fui convidado para participar do fórum em Copenhagen.

Será que os líderes mundiais não conhecem o meu diploma da UNIBAN?

Eles perdem um ser pensante, e o mundo pode estar perdendo grandes soluções, e isto certamente porque alguém na ONU discriminou meu diploma da UNIBAN.

Realmente, posso dizer que sou mais um ex-tudante que ficou de saia justa!

Isso sim é uma putaria!

Hencéfallo de Váccuo

sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

QUANDO TUDO COMEÇOU


Esta é a primeira postagem que faço primeira de muitas, eu espero...
Minha vida sempre foi um emaranhado de acontecimentos extraordinariamente fantásticos sem os quais não seria este homem extraordinariamente fantástico.
Já no ovo de meu pai eu descobri que a vida poderia ser um saco. E as coisas só piorariam, pois mais tarde meus coleguinhas de testículo começariam a me zombar, pois eu tinha um flagelo menor que os demais...
Logo ganhei o apelido de FLAGELINHO, e isso me causou um grande trauma, pois temia não conseguir vencer as 10 MILHAS DO ÓVULO que todos nós treinávamos desde pequenos, sem falar nos quenianos que estavam sempre muito bem preparados. Quenianos? Eu disse quenianos? Ainda bem que meu pai não acessa a net, pois ele jamais perdoaria a presença de espermatozóides quenianos na corrida pelo óvulo de mamãe!
Passaram-se algumas horas e então me tornei um rapazinho, foi quando o pessoal do ovo esquerdo iniciou uma guerra contra os do ovo direito, tipo estas brigas de pitboys da rua de baixo contra a rua de cima, e coincidentemente, nesta hora, as coisas entre papai e mamãe estavam quentes, foi quando eu comecei a correr feito um louco. Quando o pessoal descobriu que a corrida tinha começado, eu já tinha largado a uretra avenida para trás e chegava à entrada da varginal Tietê.
Quando pensei que já tinha deixado os meus concorrentes para trás dei de cara com uma barreira de látex ultra super resistente sabor morango impedindo a passagem. De sorte que usava a minha poderosa faca Ginsu 2000 de corte especial a laser comprada pela tv por míseros 5.995,00 Cruzeiros reais, aquela que vem com um cortador de unha com corte transversal progressivo, um descascador elétrico de tomates vermelhos, um desencaroçador portátil de caju e um magnífico e espetacular manual de instruções em japonês para poder usufruir de todas estas maravilhas. Como nunca consegui cortar se quer um ovo cozido com aquela faca dos infernos, peguei o manual em capa dura e utilizei as bordas do mesmo para romper a famigerada barreira em látex. E esta foi a primeira grande vitória de minha vida!
Continuei a correr e enfim rompi o óvulo de minha futura progenitora!
Logo estaria eu no colo da empregada... O quê? Alguém disse empregada?!?!
Safado de papai, ele comeu a empregada!

Hencéfallo de Váccuo